O Design Thinking em negócios é o uso do processo de pensamento típico dos designers na solução de problemas de negócios, geração de novos processos, serviços ou produtos.

Gerenciamento de projetos, por outro lado, é arte e ciência de fazer uma ideia acontecer mobilizando uma equipe por um período, gerando ao final um produto, serviço ou resultado.

Não sei se vocês conseguem perceber, mas os dois combinam como queijo e goiabada.

Nessa figura, que adaptei da apresentação slideshare de F. Chamaki, posso transmitir a falsa impressão que existe uma fronteira bem delimitada, marcando onde termina um e começa o outro. A fronteira não existe, podemos usar as duas disciplinas o tempo todo. Acontece que em determinados momentos predomina uma sobre a outra.

O Design Thinking nos ensinou o poder do pensamento divergente que gera opções e do pensamento convergente que faz escolhas. Inúmeras vezes coloquei grupos em salas separadas para cada qual, a sua vez, conceber uma proposta diferente para um projeto comum usando o PM Canvas e, no momento seguinte, pedi para os grupos se juntarem e gerar um único plano com o melhor de cada canvas. O resultado foi muito bom!

O Design Thinking é muito rico em técnicas centradas na experiência humana e interação social. Uma dessas técnicas faz uso de “personas” – personagens ficcionais sintetizados da observação de stakeholders com perfis extremos. Essa técnica é incrivelmente útil na elicitação de requisitos do produto do projeto e serve também na gestão de stakeholders e na gestão de mudanças.

O Gerenciamento de Projetos é o companheiro que faltava ao Design Thinking, pois pode colocar no mundo real produtos mínimos viáveis no menor tempo possível, de uma maneira econômica e sustentável, permitindo ciclos de aprendizado completos. Se a metodologia de projetos for ágil o suficiente permitirá múltiplos lançamentos, a “bola” alternará entre a quadra do design thinking e a do gerenciamento de projetos muitas vezes, gerando mais valor.